sábado, 17 de outubro de 2009

AMANHECER!

Hoje me levantei bem cedinho, mais cedo que o habitual. Resolvi ir tomar meu café da manhã, junto á praia e ver a lua desaparecer. Sentei-me na esplanada e bebericando o meu gostoso café ia olhando para o horizonte. A lua lá longe começava a desaparecer entre as nuvens iluminadas pelo crepúsculo da manhã refrescante. Escondia-se atrás de uma luz prateada que se refletia e projetava no tranqüilo mar uma estrada prateada e brilhante. As gaivotas brancas esvoaçavam ali perto dando seus gritinhos satisfeitos. Um cheirinho a brisa marítima envolvia-me, lá longe um barquinho sulcava o mar, parecendo seguir aquela estrada luzidia e prateada. Um ventinho bate nos meus cabelos e o som duma conversa sussurrante chega mansamente aos meus ouvidos. Não resisto e viro a cabeça, deparando com um casalzinho sentado ali naquela mesa um pouco atrás. Estão abraçadinhos segredando nos ouvidos e olhando estarrecidos aquele amanhecer tão lindo e romântico. Encostado na umbreira da porta do café, o garçom, vestido de calças pretas , camisa branca e um laçinho preto, com a bandeja na mão, quedava-se absorto contemplando tão lindo espetáculo, com um sorriso suave e apaixonado. Fácil foi perceber que certamente pensava na sua amada. Sentíamos a presença uns dos outros envolvida na mesma atmosfera romântica e reconfortante. Nossos pensamentos vagueavam por aquela estrada prateada, como aquele barquinho azul e branco que ia desaparecendo lá longe. As ondas espraiavam suavemente deixando seus cantos relaxantes em nossas almas embevecidas. Não me atrevia a levantar-me, pois estava enfeitiçado por tão lindo amanhecer. De repente como surgindo das entranhas do infinito, uns raios dourados começam a surgir matreiros e hesitantes naquela luz prateada. Era o sol que timidamente vinha abraçar e envolver sua amada manhã. Lá no alto as nuvens ficam cor de rosa, a estrada prateada começa a sumir, o barquinho é só um pontinho lá longe, o casalzinho de namorados dá um beijo suave; o garçom ajeita o seu laçinho preto e eu levanto-me com um sorriso nos lábios, cruzo meu olhar com os demais; palavras para quê! e, dirijo-me para o meu carro estacionado ali porto. Á medida que caminho ainda me chega o eco das gaivotas, o barulho embalador das ondas fecundando a areia e dando um último olhar para trás, despeço-me daquele amanhecer tão romântico. Até um dia destes.

Maíco

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